quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Assim caminha humanidade - Lulu Santos

Ainda vai levar um tempo
Pra fechar
O que feriu por dentro
Natural que seja assim
Tanto pra você
Quanto pra mim...

Ainda leva uma cara
Pra gente poder dar risada
Assim caminha a humanidade
Com passos de formiga
E sem vontade....

NA TELINHA.....

FILMES QUE DEMONSTRAM O BULLYING:




● Te Pego lá Fora: um estudante vai entrevistar um novo aluno pro jornal do colégio. Acontece que o cara é um brutamontes psicopata e o desafia para uma luta após a aula. A vítima tenta de tudo para evitar sua “execução” com hora marcada.



● Deixe ela Entrar: num subúrbio de Estocolmo, um garoto frágil de 12 anos é constantemente abusado pelos colegas e sonha com uma vingança. Ele conhece sua vizinha, uma vampira que aparenta ter a sua idade. Os dois se envolvem e ela passa a defendê-lo dos ataques.



● Meninas Malvadas: uma garota criada na selva africana só conhece uma escola aos 16 anos. Ela começa a andar com patricinhas que adoram esnobar os outros. Para se vingar, a adolescente passa a agir da mesma forma.



● De repente 30: Jenna é uma garota divertida, mas impopular. Quando as coisas dão erradas em sua festa de 13 anos, ela deseja ter 30, ser bem-sucedida e ter um namorado. Quando acorda no dia seguinte, tudo é concretizado, mas ela logo percebe que, na realidade, sempre teve tudo o que quis.

Sites úteis...

Achamos alguns sites que fortalecem o tema do nosso blog.

Acessem!!!!

  • Abrapia
http://www.abrapia.org.br/
http://www.bullying.com.br/

  • Beatbullying
http://www.beatbullying.org/

  • Observatório da Infância
http://www.observatoriodainfancia.com.br/

  • Safernet Brasil
http://www.safernet.org.br/site

Entrevista com Dra. Ana Beatriz Barbosa Silva



Entrevista com Dra. Ana Beatriz Barbosa Silva sobre Bullying. Tema do livro se sua autoria: Bullying - Mentes perigosas nas escolas. Editora Objetiva/Fontanar


Em: maio de 2010



Site da Dra. Ana Beatriz Barbosa Silva

www.medicinadocomportamento.com.br



Vídeo Editado por: Editora Objetiva / setor Marketing

Camila Polmann

www.objetiva.com.br

Bullying - Mais de 400 mil livros vendidos.



Com este livro, a dra. Ana Beatriz Barbosa Silva traz informações necessárias aos pais, professores alunos e profissionais de diversas áreas para identificação do problema e seus efeitos, assim como o que se pode fazer para combater este mal que não deve mais ser tolerado pela sociedade. De forma acessível e muito esclarecedora, este livro faz uma investigação do problema, que afeta a vida de milhares de crianças e jovens brasileiros.











 
Escrito por educadores brasileiros pioneiros no combate ao bullying, este livro introduz o tema por meio de uima história infantil, facilitando a compreensão dos leitores, especialmente das crianças . 







Tentando superar os traumas...

Felipe, um garoto tímido e reservado de 15 anos, estudava em um conceituado colégio em São Paulo, no bairro de Morumbi. Sempre foi um aluno exemplar: cumpria sem procrastinações seus afazeres estudantis, nunca ficou em recuperação e passava nas provas com notas excelentes. Os professores sempre relatavam que Felipe era um garoto brilhante e com um belo futoro pela frente. No entanto, um grupinho de alunos "da pá virada" passou a discriminá-lo e importuná-lo sistematicamente. Na frente de todos, ele era alvo de chacotas e apelidado de CDF, puxa-saco de professores, nerd, e esquisitão.
Certa vez, o garoto foi agarrado e agredido fisicamente no banheiro da escola. Imobilizado e com a boca tapada, levou vários chutes no estômago e nas pernas, o que foi testemunhado por muitos colegas. Seus agressores impuseram silêncio: "Fique quieto, senão a gente arranca a tua língua", disse o mais valentão. Quem assistiu a tudo nada fez. Quem viu, fingiu não ver. Felipe, por algum tempo, ficou alí, estirado no chão, indefeso, desmoralizado, sem poder contar com o apoio e a solidariedade de ninguém.
O adolescente passou a ter verdadeiro pavor do grupo e, dali em diante, frequentar as aulas se tornou um grande inferno. Os autores do ataqueolhavam para Felipe com ar de ameaças e cochichavam entre si. Agora a classe toda já fazia piadinhas infames sobre aquele "fracote", que apanhara junto às latrinas de um sanitário.
Cada vez mais excluído, cabisbaixo e acuado, ele pediu a seus pais que o trocassem de escola. Com um misto de medo e vergonha, não disse o porquê. Eles não aceitaram e tampouco entenderam; afinal, a escola era excelente e seu filho um ótimo aluno.
Felipe passou a matar aula, ir a shoppings, inventar doenças, andar a esmo. Tudo isso como forma de fuga para não enfrenatr o horror que estava vivenciando. Suas notas despencaram, as faltas eram constantese  estava á beira de ser reprovado. O que será que estava acontecendo com aquele inteligênte e talentoso aluno? Drogas? Problemas domésticos? Nada disso, Felipe era uma vítima de bullyng escolar.
Sem suportar mais as pressões advindas de todos os lados e já sem forças, o menino relatou aos pais suas experiências dramáticas. Os professores, a diretorada escola e os pais de Felipe fizeram várias reuniões. Ninguém chegou a qualquer conclusão plausível: os pais acusavam a instituição, e esta jogava toda a responsabilidade sobre a cabeça do adolescente e de seus familiares. Os pais de Felipe, sem saber muito bem como proceder diante de tamanha omissão, trocou o filho de colégio.
Hoje ele está em terapia, tentando superar seus traumas, seus medos e sua dificuldade de se relacionar com qualquer pessoa.

Os professores e a violência escolar

       
Professor vítima:

Infelizmente muitos professores são humilhados, perseguidos e até ridicularizados por seus alunos. A maioria deles não sabe como agir frente a essas desagradáveis situações que ocorrem em seu ambiente de trabalho. Se eles sofrem bullyng por parte dos alunos, temem procurar a direção escolar e ser mal interpretados por seus superiores e, até mesmo, rotulados de incopetentes no trato com os estudantes. Por outro lado, se recorrem aos próprios alunos, temem se fragilizar mais ainda diante de seus agressores, o que é bastante frequente. Além disso, ao chamarem os responsáveis para uma reunião na escola, costumam se deparar com a incômoda situação do não comparecimento dos pais ou até mesmo do apoio inconsequente deles às versões descabidas de seus filhos.

        Nesta situação é comum nos depararmos com professores adoecidos, com sintomas psicossomáticos(dor de cabeça, diarréia, vômitos, sudorese, taquicardia, tonturas, insônia), diante da possibilidade de se defrontarem com seus agressores, seja em sala de aula, seja em reunião com os demais professores da escola. Em casos ais graves, alguns professores evoluem para o quadro de depressão, pânico, etc. Muitos deles acabam por abandonar a profissão ou tentar assumir outra função, em que não haja contato mais estreito com o aluno.

Professor agressor:


        Existe ainda, uma segunda posição que os professores podem ocupar na triste história de violência que acomete nossas escolas: o papel de agressores contra seus próprios alunos. Infelizente, essa realidade se faz presente em nossos ambientes escolares em proporções maiores dos que supúnhamos até pouco tempo atrás. Muitos alunos são intimidados, coagidos, humilhados e até perseguidos pelos professores. Os alunos vitimados por quem deveria educá-los e até protegê-los apresentam quadros depressivos caracterizados por sentimentos negativos, autoestima rebaixada, sensação de impotência, desmotivação para os estudos e queda no rendimento escolar.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Sucesso e reconhecimento dos que superaram o Bullyng

Michael Phelps:

        Na 7ª série o nadador Phelps foi diagnosticado com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade(TDAH) e precisou usar medicamentos por longo tempo. As reclamações dos professores sobre o seu comportamento eram frequentes: ele não prestava atenção nas aulas, não parava quieto e não fazia  os deveres escolares. Uma das professoras chegou a dizer que ele jamais seria bem-sucedido porque não era capaz de se concentrar. Esses episódios fizeram com que Phelps sofresse bullyng por anos consecutivos. Ele também era humilhado frequentemente por ser muito alto, magro, desengonçado e por suas orelhas grandes. Já jogaram seu boné de beisebol pela janela do ônibus e mergulharam sua cabeça na privada.
        Michael encontrou na natação uma forma de se refugiar e direcionar seu foco.  Em certa entrevista à revista US Magazine, declarou que o bullyng e as adversidades fizeram com que ele se fortalecesse e batalhasse mais. "Michael pode não ter sido capaz de se concentarr na escola, mas vi nele uma paixão em nadar desde muito cedo", revela sua irmã.
        UM GAROTO QUE ERA INTIMIDADO E AGREDIDO POR VALENTÕES NA ESCOLA HOJE É O MAIOR FENÔMENO DA NATAÇÃO MUNDIAL, UM "SUPER-HOMEM" DAS PISCINAS, QUE ARRASTA UMA MULTIDÃO DE FÃS EM TODO O MUNDO.

Tom Cruise:


        Por causa da profissão de seu pai, Tom Cruise passou a infância mudando de cidade.Em 12 anos, estudou em 15 escolas diferentes. Aos 7 anos, por apresentar grandes dificuldades de leitura e necessitar de aulas de reforço, Cruise foi diagnosticado com dislexia por um psiquiatrada própria escola. Ele foi rotulado e estigmatizado.
        Cruise considerado baixo para sua idade e disléxico, era um alvo fácil de ataques de bullyng. Por diversas vezes, na escola, foi intimidado e empurrado por valentões bem maiores do que ele. Isso fazia seu coração disparar e tinha vontade de vomitar. Sentia-se excluido, sozinho e ansiava ser aceito. "Eu não tinha um amigo mais próximo, alguém com que eu pudesse confiar. Eu era sempre uma criança recém-chegada, com o sapato errado, com o sotaque errado", declarou à revista Parade, em setembro de 2006. Sem muita definição na vida, Cruise resolveu ser padre e após meses de estudo, Tom Cruise seguiu para Nova Jersey, onde iniciou os estudos de interpretação e descobriu seu grande talento para a arte dramática. Ser atoréra sua vocação.
        Sobre sua infância e os traumas do passado, Tom diz: "PESSOAS PODEM CRIAR SUAS PRÓPRAS VIDAS. eU VI COMO MINHA MÃE LUTOU E POSSIBILITOU  A NOSSA SOBREVIVÊNCIA. DECIDI QUE IRIA CRIAR A PESSOA QUE EU SERIA, NÃO AQUELA QUE OS OUTROS GOSTARIAM QUE EU FOSSE".

Madonna:

Madonna perdeu a mãe muito cedo vítima de um câncer de mama aos 30 anos. A lembrança agonizante de sua mãe em seus últimos dias de vida, associada ao novo casamento de seu pai com a ex empregada da família, determinaram uma uma relação de amor e ódio com a figura paterna e uma adolescente rebelde.
        Lutando contra as regras impostas pela sua madrasta, Madonna transformou suas roupas conservadoras em ousadas e rejeitou seu histórico religioso. Em plena década de 70, quando o mundo passava por mudanças expressivas em seus conceitos e o movimento Flower Power era símbolo da não violência e de repùdio à Guerra do Vietnã, Madonna foi alvo de bullyng por ser considerada estranha e inadequada pelos colegas da escola. "Eu não era hippie ou fã de Rolling Stones, então acabei me tornando esquisita" disse à revista Vanity Fair, em 2008. Por isso quando as agressões ocorriam, ao invés de se intimidar, enfatizava mais suas diferenças. Revidava não depilando as axilas e pernas, recusava-se a usar maquiagem, etc. Jamais se curvou ou deixou de expressar sua maneira peculiar de ser. Foi ótima aluna, líder de torcida e uma dançarina disciplinada.
        Após sua formatura, Madonna estudou com grandes nomes da dança na cidade de Nova York, aprendeu a tocar guitarra e bateria e se consagrou cantora, quando lançou "Everybody".

        Outros famosos como David Beckham, Steven Spielberg e Bill Clinton também sofreram agressões por parte dos colegas de escola na infância.
        As personalidades descritas nos encantam com suas músicas, performances, shows, filmes, ditam comportamentos e movimentam o mundo. São talentos indiscutíveis.
        Mas nem sempre a vida de tais pessoas foi um mar de rosas. Durante a jornada estudantil muitas foram vítimas de Bullyng, mas felizmente superaram traumas e dificuldades, com seu desejo de poder ver o mundo por um ângulo diferente. É possivel que, hoje, não sintam a amargura de um passado nada generoso, mas sim algo que as faz vibrar e se orgulhar da própria exixtência.  

Os protagonistas do Bullying escolar

I) AS VÍTIMAS

Vítima típica:

Alunos com pouca habilidade de socialização. Em geral são tímidas ou reservadas, e não conseguem reagir aos comportamentos provocantes e agressivos dirigidos contra elas. Normalmente são mais frágeis fisicamente ou apresentam alguma "marca" que as destaca da maioria dos alunos: são gordinhas ou magras demais; altas ou baixas demais; usam óculos; deficientes físicos; apresentam sardas ou manchas na pele, orelhas e nariz um pouco mais destacados , usam roupas fora de moda ou orientação sexual diferentes.

Vítima provocadora:

São aquelas capazes de provocar em seus colegas reações agressivas  contra si mesmas. No entanto, não conseguem responder aos revides de forma satisfatória. Elas, em geral, discutem ou brigam quando são atacadas ou insultadas. Nesse grupo geralmente encontramos as crianças ou adolescentes hiperativos e impulsivos ou imaturos, que criam um ambiente tenso na escola. Sem perceberem , as vítimas "dão tiro nos pés" chamando a atenção dos agressores. Estes se aproveitam da situação para  desviar a atenção para a vítima provocadora, assim os verdadeiros agressores continuam incógnitos  em suas táticas de perseguição.

OS AGRESSORES:

Podem ser de ambos os sexos. Possuem em sua personalidade traços de desrespeito e maldade e, na maioria das vezes, essas características estão associadas a um perigoso poder de liderança que, em geral, é obtido através da força física ou de intenso assédio psicológico. Quando está acompanhado de seus "seguidores", seu poder de "destruição" ganha reforço exponencial, o que amplia deu território de acção e sua capacidadde de produzir novas vítimas.

OS ESPECTADORES:

Os espectadores representam a maioria dos alunos de uma escola. Eles não sofrem e nem praticam bullying, mas sofrem as suas consequeências, por presenciarem constantemente as situações de constrangimento vivenciadas pelas vótimas. Muitos espectadoresrepudiam as ações dos agressores, mas nada fazem para intervir. Outros as apóiam e incentivam dando risadas, consentindo com as agressões. Outros fingem se divertir com o sofrimento das vítimas, como estratégia de defesa. Esse comportamento é adotado como forma de proteção, pois temem tornar-se as próximas vítimas.

Bullying x Estigma: onde a evolução parou?

Bullying é uma forma que algumas pessoas usam para tentar afirmar seu poder, sua presença, sua autoridade, mesmo que ela não exista, fazendo uso de atitudes agressivas, que podem ser intencionais e até mesmo repetidas. Muitas vezes ocorrem sem uma motivação evidente e pode causar dor, angústia, medo, ansiedade e outros sentimentos na pessoa que está sofrendo tais agressões. Tais agressões não são somente físicas, mas também psicológicas. E esta última pode deixar traumas difíceis de serem superados por aqueles que o trazem consigo. O local mais conhecido de ocorrência do bullying é na escola. É lá que desde crianças temos contato com uma versão do mundo. É lá que entramos em contato com uma pequena amostra da sociedade. Passamos a conviver diariamente com pessoas até então desconhecidas, na maioria dos casos, e as características que são peculiares de cada um são claramente percebidas por todos. Só que a questão está nas formas de reação perante a tais características, sejam elas físicas ou morais. O praticante do “Bullying Psicológico” utiliza-se de um conceito muito discutido por Goffman, que é o de Estigma, ou seja, uma rotulação social, uma capa de conceitos pré-formulados que é jogada sobre certa pessoa. Dessa forma o indivíduo não é visto como uma criatura “total e comum”, mas como uma figura estragada e diminuída. Para ficar mais claro, estigma, é uma relação entre a maneira como padronizamos um indivíduo (estereótipo) e aquilo que ele realmente é (atributo).

 Essa relação bullying x estigma ocorre nas mais variadas instituições sociais. Para ilustrar melhor tal relação vamos exemplificar:

NA ESCOLA: Uma criança com alguma deficiência física é caçoada por algumas outras crianças. Os agressores começam a rotulá-la de aleijada (deficiência física), demente (deficiência mental) e outros mais. Tudo isso pode ter conseqüências desastrosas na vida dessa criança e esta muitas vezes procura isolar-se ou procurar lugares onde aqueles que a rodeiam a entendam ou sejam semelhantes a ela. 

NO TRABALHO: Um dos funcionários de uma empresa é judeu e possui os costumes da sua religião bem preservados. Alguns dos colegas de profissão começam então a debochar dos seus costumes e o ridicularizam na frente dos demais. Como uma pessoa que sofre tal agressão pode sair ilesa dessa situação? As feridas sofridas certamente deixarão cicatrizes que serão como lembranças castigadoras.

 Onde está a tão evoluída razão do homem? Até onde evoluímos? Onde paramos? A prática bullying é a prova concreta de que ainda há ainda muito para   e V O L U I R




segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Quais são os locais onde geralmente ocorrem os ataques bulling?

São vários os locais onde ocorrem os ataques: pátios de recreio, playground, banheiros, corredores, salas de aula, bibliotecas, quadras esportivas, salas de informática, laboratórios e imediações das escolas. Também ocorrem em outros locais fora da escola, mas de convivência comum aos alunos, como condomínios, cibers, shoppings e outros locais onde se reúnem. Na maioria dos países, constatou-se que o pátio de recreio é o lugar de maior incidência dos ataques bulling. Entretanto, no Brasil, as pesquisas apontam para a sala de aula. Isso se justifica pelo fato de ser tema novo de discussão no meio educacional brasileiro, motivo pelo qual a maioria dos professores desconhece a relevância do fenômeno e não sabe como agir ao se deparar com a questão. Muitos agem de acordo com suas próprias experiências e acreditam ser o bulling necessário para o amadurecimento dos indivíduos. Outros não dão importância por acreditarem que são “brincadeiras próprias da idade”, sem maiores conseqüências. Há ainda aqueles que pensam que os próprios alunos devem resolver seus problemas, sem intromissão dos adultos. Porém, todo o professor treinado ou não para lidar com o bulling, é capaz de observar as relações interpessoais e perceber os sinais que são emitidos por aqueles que se sentem incomodados ou vitimizados.

O que diferencia o bulling de outros tipos de violência?

A principal diferença é a propriedade de causar traumas irreparáveis os psiquismo das vítimas, comprometendo sua saúde física e mental e seu desenvolvimento socioeducacional. Ao contrário de outras ações violentas, ocasionais e reativas, o bulling é caracterizado por ações deliberadas e repetitivas, pelo desequilíbrio de poder e pela sutileza com que ocorre, sem que os adultos percebam ou permitindo que estes finjam não perceber. O bulling é uma forma de violência que resulta em sérios prejuízos, não apenas ao ambiente escolar, mas a toda a sociedade, pelas atitudes de seus membros. As relações desestruturadas por meio de condutas abusivas e intimidatórias incidem na formação de valores e do caráter, o que refletirá na vida do indivíduo, no campo pessoal, profissional, familiar e social. O bulling  está diretamente relacionado à formação de gangues, ao uso de drogas e armas, à violência doméstica e sexual, aos crimes contra o patrimônio e, conseqüentemente, às necessidades de investimentos governamentais para atender à demanda da Justiça, dos programas sociais e da saúde

Consequências do bullying

Devido à enorme pressão a que o bullying sujeita o indivíduo, este torna-se frágil. Uma vez fragilizada, a vítima apresenta dificuldades de comunicação com os outros, o que influencia negativamente a sua capacidade de desenvolvimento em termos sociais, profissionais e emocionais. A incompreensão é algo que as vítimas sentem habitualmente por parte dos outros.
Princiais consequências:
-baixa auto-estima,
-medo,
-angústia,
-falta de vontade de ir à escola e rejeição da mesma
-ansiedade, dificuldades de relacionamento interpessoal
-ataques de pânico sem motivo,
-suicídio.

Tipos de Bulling :

A vítima dificilmente recebe apenas um tipo de maus-tratos. Normalmente  os comportamentos desrespeitosos costumam vir em "bando". Essa versatilidade de atitudes maldosas contribui não somente para a exclusão da vítima, como também para muitos casos de evasão escolar, e pode se expressar das mais variadas formas:

Verbal:
Chamar nomes, ser sarcástico, lançar calúnias ou gozar com alguma característica particular do outro (“gordo”, “caixa de óculos”,…)


Exemplos:                  Insultar            Ofender             Xingar              
                                                                     Fazer gozações 
                                                                    Colocar apelidos                
                                                               Fazer piadas ofensivas


Físico:
Puxar, pontapear, bater, beliscar ou outro tipo de violência física .

Emocional:
Excluir, atormentar, ameaçar, manipular, amedrontar, chantagear, ridicularizar, ignorar.






Racista:
Toda a ofensa que resulte da cor da pele, de diferenças culturais, étnicas ou religiosas .








Cyberbullying:
Utilizar tecnologias de informação e comunicação (internet ou telemóvel) para hostilizar, deliberada e repetidamente, uma pessoa, com o intuito de a magoar.



Bulling é crime!

O que é Bulling?

O termo Bulling é de origem inglesa utilizado para descrever todas as formas de atitudes agressivas, intencionais e repetidas, sejam elas físicas ou psicológicas, que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um ou mais estudantes contra outro(s) com o objetivo de intimidar ou agredir, causando dor e angústia, e executadas dentro de uma relação desigual de poder. Portanto, os atos repetidos entre iguais (estudantes) e o desequilíbrio de poder são características essenciais, que tornam possível a intimidação da vítima.


O Bulling é um problema mundial, encontrado em toda e qualquer escola, não estando restrito a nenhum tipo específico de instituição. Pode-se afirmar que as escolas que não admitem a ocorrência de Bulling entre seus alunos, ou desconhecem ou se negam a enfrentar o problema.


A pesquisa mais extensa sobre bulling, foi realizada na Grã Bretanha, registrou que cerca de 37% dos alunos do primeiro grau e 10% do segundo grau admitem ter sofrido Bulling, pelo menos, uma vez por semana.


O levantamento realizado pela ABRAPIA, em 2002, envolvendo 5875 estudantes de 5ª a 8ª séries, de onze escolas localizadas no município do Rio de Janeiro, revelou que 40,5% desses alunos admitiram ter estado diretamente envolvidos em atos de Bulling, naquele ano, sendo 16,9% alvos, 10,9% alvos/autores e 12,7% autores de Bulling.


Os meninos, com uma freqüência muito maior, estão mais envolvidos com o Bulling, tanto como autores quanto como alvos. Já entre as meninas, embora com menor freqüência, o Bulling também ocorre e se caracteriza, principalmente, como prática de exclusão ou difamação.